(Começo) Vi um Stand de livros
numa feira e logo pensei: “Vou passar longe, pois não posso comprar mais
livros, nem tenho onde colocar, meu Deus!”
(Meio de Reflexão) Quase duas
décadas atrás, quando percebi que o ato de escrever faria parte da minha vida,
resolvi escolher um “sobrenome pseudônimo” e logo decidi que seria o sobrenome
de um autor que escrevesse com características que eu admirava, foi quando
surgiu o “Machado”... e muitos conhecidos chegaram a jurar que meu sobrenome
fictício era verdadeiro, outros diziam até que era por causa de Machado de
Assis, “lógico!”, mas eu digo que sempre foi por uma autora que escreveu
crônicas, com a alma, sobre as injustiças sociais da
década de 20, muitas vezes tendo que se esconder com nomes masculinos nas
páginas dos jornais, e quando trabalhava com a poesia, ousava na sensualidade,
não admitindo as hipocrisias convencionais. Viúva do jornalista Rodolfo
Machado, dona de pensão para sobreviver, Gilka Machado, sempre foi você!
(Fim) Uma hora depois, saí com o
saldo de três livros, mas um deles é de cunho muito especial pra mim, pois
quando o folheei, encontrei o nome de Gilka Machado “achado” entre nomes como
Gregório de Matos e Augusto dos Anjos, ou seja, ela estava no seu devido lugar.
É assim que eu gosto!
Ana Nery Machado
09/07/2015