Por esses dias pensei: “Não são
gigantes, são apenas moinhos de vento.”
No fim, Dom Quixote estava certo.
Eram gigantes sim, eram gigantes que me resumiram em farrapos vergonhosos.
E eu pensando que o louco era
ele, ou pelo menos, que era só ele.
Enquanto costuro os retalhos e
refaço a minha armadura, Quixote e meu inseparável Dostoiévski perguntam: “Vamos
viver os nossos sonhos?”
E eu saio em batalha, com meus
fiéis escudeiros, mais uma vez.