quinta-feira, 14 de novembro de 2013

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A vingança do professor Ernest

  
O professor Ernest resolveu ir a uma editora pra pedir alguns livros paradidáticos, a fim de poder usá-los como livros de apoio e criatividade com seus alunos...
E chega o professor pela porta de vidro adentro da editora. O recinto encontrava-se gelado de ar-condicionado e havia duas moças escondidas num balcão em meia lua.
- Boa Tarde! Eu queria saber como posso conseguir uns livros paradidáticos para apoio nas minhas aulas? Eu...
-O senhor tem holerite?
- Hã?
- Se o senhor tem holerite...
- Não tenho senhorita. Eu sou prestador de serviços.
-Ah, então você não é professor! Não tem holerite!
- Eu sou professor moça, mas eu não tenho holerite, pois não sou registrado.
- Desculpe senhor, sem holerite não podemos fornecer os livros, pois precisamos do holerite pra dar satisfação a nossa Unidade Sede.
- Tudo bem, então. Obrigado!
Vira-se o professor Ernest para ir embora com sua calma de ioga, quando ouve seu nome por detrás de seus ouvidos:
- Professor, eu vim comprar o livro que o senhor indicou na aula passada. Amei a história e...
- Fabricio, esqueça este livro, amanhã mesmo contarei uma história muito mais interessante que esta e você se arrependerá de comprá–lo.  Assim que contar a história, direi também o endereço da outra editora dessa nova história que eu vou contar.
- É mesmo professor, ah então vou esperar, com certeza. Já estou ansioso...
E então, o professor Ernest sai com as mãos no ombro de seu aluno, conversando sobre a sua próxima supermegablaster aula, com o seu entrosamento costumeiro. Porém, o educador não perde a chance de dar aquela piscadela pras moçoilas enraivadas no balcão.
Feliz estava o professor Ernest, ele tinha uma nova história pra contar aos seus quase trezentos alunos semanais.

Ana Nery
09/11/2013

ser Humano

Eu vejo gente morrer por erros médicos, eu vejo gente matar sem motivo, eu vejo estuprador ser  liberado por falta de lei, eu vejo bandido fazer papel de policial e policial fazer papel de bandido, eu vejo político inventar imposto e mais imposto pra gente continuar sustentando ele, eu vejo a família fugir da sua obrigação quanto a educação, eu vejo gente usar bolsa-família pra enriquecer, eu vejo gente tirar dinheiro de quem já não tem, eu vejo gente sem água pra beber, eu vejo boca sem alimento pra comer, eu vejo justiça órfã de lei, eu vejo o descaso dos atendimentos públicos, eu vejo médicos sem querer salvar vidas, eu vejo formandos mal formados, eu vejo professor que não é educador, eu vejo escola que se esquece da construção do conhecimento, eu vejo chefe que não é líder, eu vejo a ignorância ganhar do bom dia!, eu vejo o medo vencer o livre arbítrio, eu vejo a vida perder a vida, eu vejo os honestos se dar mal sempre, eu vejo rico ser mais rico, e pobre ficar mais pobre, eu vejo o casamento acabar e o amor valer nada, eu vejo a traição, a mentira e a raiva sempre ganhar a calma, eu vejo mulher apanhar, eu vejo a fofoca destruir a vida sensata, eu vejo a bebida acabar com a família, eu vejo amizade não ser tão amiga, eu vejo inclusão de mentira, eu vejo o arrogante vencer diariamente, eu vejo a indicação ganhar do diploma de uma vida pra conseguir um emprego, eu vejo bundas, mamas e danças baixas  nos meios de comunicação em massa, eu vejo a beleza do estereótipo como obrigação universal, eu vejo o futebol ganhar da cotação do dólar no ibope, eu vejo a eleição com a ficha suja, eu vejo gente esquecer que a morte é o fim pra todos, eu vejo videogame e internet não precisar de família reunida pro jantar, eu vejo gente que faz sexo na tv ficar milionário, eu vejo o jovem cansado, eu vejo o aposentado sempre apressado, eu vejo senado com supersalários e salário-mínimo pro máximo de gente, eu vejo tanta coisa... que eu só não vejo

o humano ser Humano.

Ana Nery
08/11/2013




E você, o que acha?

Acho que neste momento eu preciso escrever mais e amar menos. Aná Nery Machado 14/06/2020