Mulher – meu bem, você pode ir à cidade em meu lugar fazer este pagamento.
Marido – não posso.
Mulher – por que não pode?
Marido – porque hoje é jogo do São Paulo.
Mulher – ah, entendi. Hoje é jogo do São Paulo. Então, depois do jogo, você poderia lavar a louça para mim.
Marido – não posso.
Mulher – por que não pode?
Marido – porque depois do jogo, tenho que ir conversar no bar com “os caras”.
Mulher - Ah, entendi. Você poderia aproveitar depois, na volta do bar, para comprar umas coisas na padaria.
Marido – não posso.
Mulher – por que não pode?
Marido - porque vou voltar tarde e a padaria já vai estar fechada.
Mulher sai pra trabalhar e o marido fica em casa pra ver o jogo.
Num outro dia...
Marido – meu bem, você poderia lavar aquela camisa do São Paulo para eu usar amanhã?
Mulher – não posso.
Marido – por que não pode?
Mulher – porque você não pagou a conta de água.
Marido – ah é, não paguei a conta. Então, você vai fazer a janta?
Mulher – não posso.
Marido – por que não pode?
Mulher – porque você não lavou a louça e agora não tenho nenhuma panela, nem colher limpa para cozinhar.
Marido – Ah!!! Entendi. Você pode me botar para dormir?
Mulher – não posso.
Marido – por que não pode?
Mulher – porque o Ricardão já está ocupando a nossa cama.
Marido – mas quem é Ricardão?
Mulher – é que você sempre chega tarde em casa porque vai para o bar conversar com “os caras”, achei que não fosse se importar que eu emprestasse a nossa cama durante este tempo.
Marido – o que ele está fazendo aqui? Marido irritado.
Mulher – prefiro não comentar...
Marido contando a situação para um amigo no bar:
Marido – (...) pois é isto, amigo.
Amigo – e o que você fez diante desta injustiça?
Marido – mudei-me no mesmo dia para um hotel.
Alívio da Mulher.
FIM
Esquete
Ana Nery Machado
(20/10/2004)
Um Canto no Mundo que reflete sobre Língua, Literatura e Pensamento. Não necessariamente nesta ordem e organização, mas tudo bem. Divirta-se! Esta é uma página de Aná Nery Machado.
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