A política é suja e isso todo mundo sabe faz tempo. Quero
dizer que não tenho preferências partidárias, mas sinto a necessidade de escrever
sobre a situação tragicômica por que passa o país.
Sinto um incômodo muito grande quando vejo parlamentares
votando contra interesses do trabalhador. No caso da terceirização, por exemplo,
dizem que essas medidas protegem mais o trabalhador terceirizado. Ora, digo que
a terceirização nem deveria existir, quanto mais suas medidas de melhorias.
E no caso do seguro-desemprego, então? Esse é o raciocínio
mais safado que já vi. O país vive um dos seus momentos mais recessivos nas
áreas econômica, trabalhista e tantas outras, e os políticos argumentam que é
para evitar a malandragem? Na hora
que os desempregados mais precisam, eles aumentam o prazo para ter direito ao
subsídio? Não deveria ser ao contrário?
Não posso deixar de falar da pensão alimentícia que foi modificada
porque o governo não quer mais que aconteça o golpe das viúvas negras; Que desculpa pra boi dormir, eu fico imaginando uma
mulher que largou o emprego para cuidar dos filhos e provavelmente não pretende
voltar a trabalhar até eles completarem 18 anos, pelo menos. Aí, de repente, o
cônjuge morre inesperadamente e ela descobre que precisa voltar a trabalhar,
pois a pensão não é 100% e não vai durar o prazo da maioridade dos filhos, e
mesmo que fosse, será que ela conseguiria voltar ao mercado de trabalho na sua
área (com boa remuneração) após os 30 anos ou mais? E se conseguir, quem vai
cuidar dos filhos dela? Nem todo mundo tem apoio de família nessas horas, isso
quando tem família... Ah tá, tem a creche, lógico, porque não pensei nisso?!
(risos).
Ajuste Fiscal... essa palavra parece luzes piscantes na minha
cabeça, pois ajuste fiscal, para mim, seria os senhores da política retirar do
bolso tudo que roubaram do povo, ajuste fiscal é diminuir ministérios, uma vez
que muitos foram criados para fazer acordos entre partidos e cabides de
emprego, ajuste fiscal é diminuir impostos e nunca aumentá-los no caso do
Brasil, já que a população pagante não
tem retorno dos valores que deveriam ser atribuídos à saúde, educação,
alimentação e moradia, no mínimo.
E as bolsas? Sou totalmente de acordo, desde que tenha um
planejamento eficaz e não fique a conta pra quem já trabalha demais e vai ter
milhões de pessoas para sustentar.
É para refletir, não para acusar. É falta de se colocar no
lugar do outro.
Ana Nery Machado
28/05/2015
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