terça-feira, 12 de maio de 2015

Pirei ou é só Sonho?

Pensei em não escrever, só que isso está na minha cabeça o dia inteiro pedindo para ser exposto nessas páginas, logo, vamos começar...
Estávamos esperando um avião-ônibus, não, eu não estou viajando, era uma espécie de avião-ônibus e Didi era o piloto-motorista. O veículo-voador lotou com uma meia dúzia de pessoas, confesso que aparentava estar com medo (estava mesmo), logo, não quis sentar no banco do passageiro a frente com Didi, por isso, logo uma assanhada morena sentou ao lado dele e ficou observando seus movimentos e habilidades com o veículo-voador. Deu ciúmes, mas tudo bem. Sentei na fileira de trás e lá fomos nós...
 Paramos em frente ao prédio da companhia telefônica que tem na cidade onde nasci. Didi deu alguns minutos para os passageiros. Aproveitei e fui correndo na loja de departamentos procurar uma fantasia... foi quando me lembrei que não sabia porque procurava tal vestimenta, voltei espavorida, com pressa, naquela avenida esburacada (estava sendo reformada) e com aquela sandália dos anos 70 que não me ajudava muito. Lembro de me ver com uma bermuda amarela, uma blusa cavada (bem) colorida e sandálias brancas com meias de estampa arco-íris. De fato, muito da época.
Assim que cheguei próximo ao veículo-voador, Didi reclamou que eu havia demorado, mas não se delongou e seguimos viagem com os passageiros. Quando chegamos ao meio de um parque, fui transportada do veículo-voador (que estava no ar) para o chão-terra. Não entendi como meu corpo foi parar ali se eu estava no avião-ônibus, mas logo veio um astronauta me dizer que eu não poderia seguir viagem, pois minha irmã (que eu nem sabia que existia) dependia de eu não viajar, para haver o nascimento da filha dela. Não entendi muito bem este propósito, nem o que eu tinha a ver com tudo isso, mas comecei a achar normal eu ser teletransportada de um avião-ônibus, de forma que, (quase) virei moléculas para pisar no chão daquele parque.
Lembrei de perguntar ao astronauta: Mas, minha história com Didi, continua? O astronauta respondeu: Sim! Apontou em direção a sua barriga, onde tinha uma luneta do futuro, abaixei para enxergar... e acordei.
Ana Nery Machado
12-05-2015

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Acho que neste momento eu preciso escrever mais e amar menos. Aná Nery Machado 14/06/2020